Hoje regresso com as melhores fórmulas – não mágicas, mas indispensáveis! – para quem tanto procura ter uma boa ideia de negócio. Deixo-vos com novas estratégias, daquelas simples mas que quando implementadas mudam vidas, a continuar o que conversávamos aqui.

 

2 – Dedicação no Emprego
Pode soar estranho à partida, mas uma forma de empreender é como profissionais, dentro da organização em que temos vindo a crescer e onde trabalhamos diariamente. Este tipo de comportamento chama-se intraempreendedorismo (vem de intrapreneur, uma variante do tradicional entrepreneur) e significa uma atitude empreendedora dentro da empresa em que trabalhamos, que não é a nossa, mas pela qual vestimos a camisola. O trabalhador que tem este tipo de comportamento proativo e dedicado – ou seja, empreendedor -, vai distinguir-se depressa na organização e facilmente chegar ao topo, ao lugar que corresponde ao nível do seu esforço. O ato de empreender não se limita à criação de algo só nosso, significa também saber construir naquilo que é dos outros, trabalhar com eles, e no fundo construir desta maneira também o nosso próprio sucesso.

Mas onde entra aqui a parte de vir a desenvolver uma boa ideia? É muito fácil, mais uma vez tem a ver com o facto de nos tornarmos especialistas naquilo em que trabalhamos todos os dias, quando o fazemos com toda a paixão e dedicação. Quando nos aplicamos verdadeiramente no negócio que alguém construiu e nos envolvemos verdadeiramente no assunto, até que o dominamos, acabamos por perceber de forma natural algumas falhas nos processos, na oferta daquela área ou mesmo apercebermo-nos de novas necessidades por parte dos clientes. É claro que, como funcionários dedicados, tentamos que a empresa se adapte a essas evoluções do mercado, mas nem sempre o core business da organização permite essas adaptações. Ao longo do tempo é muito comum o empreendedor começar a imaginar como implementaria as soluções ideais para uma série de clientes que obviamente as procuram; começa a pensar como ainda ninguém as implementou ou como as faria de melhor forma; começa a querer pôr mãos à obra por si próprio, por mais que goste do seu trabalho atual.

Esta é outra forma muito frequente de desenvolver uma boa ideia, mas novamente surge como fruto de muito foco e verdadeira dedicação naquilo que fazemos. Muita ação e envolvimento nas atividades de cada dia de trabalho é o que faz realmente a diferença, nunca uma pessoa que quer apenas cumprir rapidamente uma série de tarefas e voltar para casa fez uma brilhante carreira ou pediu a saída da empresa para criar o seu próprio emprego. Vamos ser melhores funcionários e dar o nosso melhor já a partir de amanhã? 🙂

 

3 – Trocar as fontes de inspiração
Cada um sabe o mais o motiva a cada dia, cada um tem a sua fonte de inspiração. Seja um amigo, um ritual, uma longa viagem, uma música, um amuleto, uma leitura, um desporto, uma reunião habitual, um animal de estimação, um hobbie, uma paisagem, um bloco de notas. Seja ela qual for, o importante é colocá-la muito em prática, no mínimo diariamente. Para quem ainda não conhece a sua, é urgente explorar o mais possível e descobrir aquilo que se traduz em maior felicidade instantânea, paz interior, motivação, inspiração.

 

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Mas “se cada um sabe de si”, também é verdade que nem todas as formas de inspiração são eficazes. Hoje em dia há muito facilitismo com as redes sociais e estamos rodeados de frases “inspiradoras”, de muitas partilhas de exemplos, de pessoas a auto-definir-se como superiores às restantes por diversos motivos e por certas atitudes que garantem que vão passar a ter – e que muitas vezes não chegam sequer a pôr em prática. Torna-se importante sabermos distanciar-nos dessa espiral que falsamente nos “inspira” e nos consome todo o tempo e energia que podíamos estar a canalizar para o que é mais importante – aquilo que nos faz bem.

Por outro lado, e insistindo um pouco novamente nos tópicos anteriores (porque estão sempre relacionados), é a trabalhar no que mais gostamos que nos vamos sentir realmente inspirados. Se não acreditam, então basta experimentar e ver de imediato os resultados, vai ser apenas necessário ter coragem para arrancar. O primeiro passo será planear, planear muito os nossos objetivos, aquilo a que queremos dedicar-nos nos próximos tempos, onde queremos chegar e o que vamos começar a fazer para o conseguirmos. À medida que planeamos tudo isto minuciosamente, a motivação começa a abundar. É fantástico como é fácil e acessível a todos, basta realmente ter a coragem de pôr em prática! A partir daí, basta pegar nos planos e meter mãos à obra – que muitas vezes é a parte mais fácil. A maior inspiração vem quando paramos tudo para nos centrarmos em nós próprios, vem quando nos forçamos a parar para pensar, sem distrações, no nosso percurso até agora, no que queremos mudar, por onde vamos começar. Quando começamos a implementar o nosso plano, é onde começa a magia.

A motivação vai persistir e será finalmente possível “fazer-se luz”. Saberemos mais facilmente quem somos e no que nos queremos tornar. Será muito mais fácil surgir uma boa ideia se nos sentirmos inspirados, se estivermos a sentir aquele arrepio de sonho e realização por finalmente descobrirmos um rumo.

 

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Vamos perceber o que verdadeiramente nos inspira e dedicar-lhe tempo desde o momento em que acordamos. Vamos aprender a resistir às pequenas perdas de tempo diárias e falsas inspirações que, todas juntas, acabam por nos tirar uma soma preciosa de tempo e de concentração a cada dia. Começar os dias a fazer deslizar o nosso feed de Instagram, agora entupido de frases motivacionais, pode não se traduzir em tanta inspiração quanto isso, em especial se repetirmos esse hábito mais uma série de vezes por dia. É importante saber usar o nosso tempo, canalizar energias e aplicá-las sabiamente nos nossos dias que são tão curtos. Porque cada um conta e é em cada um que se faz a diferença.

Estão inspirados a começar? 🙂